Eu tenho um péssimo histórico de dores de cabeça, daquelas que um fio de luz irrita, que o barulho da minha própria respiração irrita e que até o cheiro do sabão em pó em que o lençol foi lavado irrita. Lógico que devidamente acompanhados de náuseas, tonturas e vontade de arrancar o próprio cérebro da caixa craniana e esmagá-lo com uma marreta.

Mas desde que cheguei no Canadá a frequencia e intensidade das minhas dores de cabeça caíram enormemente. Eu atribuí isso à mudança no estilo de vida, redução do nível de stress e da preocupação com o dia-a-dia, a melhora na qualidade de vida e a nova medicação para controle da pressão que passei a tomar sob recomendação da minha médica canadense.

Eu raramente tenho dores e quando as tenho são “aceitáveis”. Consigo me lembrar apenas de uma vez neste mais de ano e meio que a porca entortou o rabo. Vale lembrar que no Brasil eu passava bem mal pelo menos uma vez por mês e tinha dor de cabeça pelo menos uma ou duas vezes por semana.

Eu não tinha realmente pensado nas causas, mas hoje dou de cara com essa notícia: “Pesquisa conecta dores de cabeça ao calor”  (em inglês).

Um trecho diz que a cada 5.o C a mais na temperatura, a chances de uma dor de cabeça aumentam em 7,5%. Isso poucos dias depois de eu ter lido que “Calor aumenta 11% o risco de enfarte na cidade de São Paulo“.

Se eu precisava de mais um motivo para não querer nunca voltar pro Brasil, tá ai: É uma questão de saúde.

E enquanto isso, lá fora, a temperatura está em agradáveis -6.o C

UPDATE: Achei em português, no UOL.