Earth Day 2009

By | March 8, 2009

Em 2007 o pessoal em Sydney, Austrália, chegou à conclusão que uma única pessoa não pode fazer nada pelo aquecimento global, consumo de energia e queima de combustíveis fósseis (principal fonte de energia por lá), mas poderiam fazer o seguinte: Combinar um dia, um horário e todo mundo desliga as luzes e eletrônicos ao mesmo tempo.

A versão ecologicamente responsável do famoso “de grão em grão a galinha enche o papo”. A idéia deu certo e famílias, empresas e até o governo aderiram, apagando até iluminação pública durante uma hora.

A imprensa gostou, espalhou a notícia e caiu na internet. E ai já era… viral mesmo.

Ano passado a gente participou, desligando tudo aqui por uma hora no dia 29 de Março e vou dizer o seguinte: Não caiu a mão, não perdi a noção de tempo e espaço e, felizmente, não morri por passar uma hora no escuro. E minha conta ainda agradeceu.

Baseado na minha experiência de passar uma hora completamente sem energia, desconectado do mundo – e de volta a normalidade – te desafio a participar dessa mesma aventura radical esse ano. O Earth Day 2009 vai ser no dia 28 de Março às 20:30hrs,  no seu horário local.

Sei que só tenho meia dúzia de leitores neste blog, mas se cada tiver o trabalho de postar no seu próprio blog e, mais importante ainda, anotar na sua agenda e lembrar de participar, já podemos falar de algumas centenas de quilos de CO2 não emitidos e algumas dezenas de dinheiros economizados.

Só pra cutucar algumas pessoas que achei/lembrei o link fácil: Júlio, Silvio, Chico, Mezza, Pascal, Fernando Pedro, Diogo, Deborah, Andreyev

[youtube:http://www.youtube.com/watch?v=1CRs-7lRlPo]

6 thoughts on “Earth Day 2009

  1. E. Coelho

    O lobby mais poderoso e articulado é, sem dúvida, o dos verdes ou ecologistas

    QUANDO VIERAM atrás das lâmpadas incandescentes, não protestei porque já me habituara a ler à luz de outras; quando baniram os bifes, não disse nada porque podia comer pizzas; quando eliminaram os transgênicos, tampouco reclamei, pois meu salário bastava para comprar alimentos orgânicos; quando proscreveram os vôos internacionais, dei de ombros, pois já conhecia Paris, Londres, Veneza; quando tornaram proibitivo o uso de automóveis, obrigando todos a se aglomerarem em ônibus e metrôs, calei-me porque trabalhava em casa; quando plastificaram as genitálias alheias para limitar a produção de bebês, ri da história porque não me dizia respeito; quando criminalizaram a sátira, os comentários politicamente incorretos, a obesidade, o fumo etc., aí, obviamente, já era tarde demais para abrir o bico.
    Poucas décadas atrás, todas as proibições mencionadas teriam parecido ridículas, quando não absurdas. Dependendo de onde a vítima viva, hoje a maioria delas se tornou real demais. E muitas estão sendo impostas aos cidadãos não por meio de mecanismos democráticos, como a discussão e o voto, mas através de lobbies endinheirados que pressionam governos para que estes imponham à sociedade as manias desta ou daquela minoria obsessiva.
    O lobby mais poderoso e articulado é, sem dúvida, o dos verdes ou ecologistas. Esse pessoal não apenas meteu na cabeça que, devido a algumas variações de frações de graus nos últimos cem anos, o planeta está prestes a se derreter, como se convenceram também de que nós, ou seja, os seres humanos, é que somos a causa do suposto desastre. Gente como Al Gore, os militantes do Greenpeace e os burocratas transnacionais da ONU selecionam a dedo, entre inúmeras hipóteses contraditórias, as poucas que lhes confirmam os preconceitos, obtêm apoio de alguns cientistas que acreditam nelas, conseguem o silêncio de muitos outros e, valendo-se de modelos computacionais às vezes duvidosos, muitas vezes discutíveis e discutidos, transformam em verdade absoluta o que mal passa, no momento, de uma especulação entre tantas, declarando, precipitada e acientificamente, que se trata de consenso indiscutível. Para completar, demonizam ou isolam quem quer que levante a menor objeção.
    Mas, como não faltam mais aqueles que estão devidamente habituados a/e vacinados contra seu terrorismo conceitual (e, não raro, seu terrorismo propriamente dito), o fato é que, se submetidas aos processos decisórios normais de uma democracia, as medidas que eles reivindicam para combater tais males imaginários jamais seriam referendadas pelo grosso do eleitorado. Aí entram milionários como George Soros, companhias preocupadas com o efeito da propaganda negativa, firmas interessadas em vender produtos ecologicamente corretos, economias estagnadas que vêem nessa medida uma maneira de prejudicar as que andam a pleno vapor, países, ou antes, governos e elites do Terceiro Mundo aos quais se promete certa vantagem financeira em troca de apoio e assim por diante.
    Um exemplo ajuda: pouco antes de deixar a presidência dos EUA para se tornar uma presença requisitada em Davos e lobbista internacional, Bill Clinton assinou o Protocolo de Kyoto. Por que é que só o fez então? Porque sabia que o documento não tinha a menor chance de passar pelo Senado. Embora seu gesto fosse, como tal, inútil, este aumentava sua popularidade entre o jet-set internacional em detrimento, é claro, da imagem de seu país. E isso apesar de sabermos que Kyoto era praticamente inútil, que as nações mais vocalmente empenhadas em seu sucesso têm sido as que mais longe ficaram das metas propostas.
    A preocupação exacerbada com o clima e o meio ambiente, coisas cujo funcionamento se conhece pouco e mal, já resultaria em problemas imediatos, pois, para a parcela miserável da humanidade, dificulta cada vez mais a superação de seu estado. O que a faz ainda pior é o fato de que seja usada para encobrir ou eclipsar as questões verdadeiramente urgentes, os perigos autênticos que nos rondam: fanatismo religioso e conflitos interétnicos, terrorismo e banditismo internacionais, contrabando de armas e narcotráfico, migrações descontroladas, ditaduras genocidas em vias de adquirir armamentos nucleares. Nada disso, porém, desviará a atenção de milhares ou milhões de militantes que, como os adeptos de qualquer seita, são movidos por dois desejos prazerosos, a saber, o de policiar a vida alheia e o de punir o sucesso de sociedades inteiras que não comungam de sua fé apocalíptica.

    http://arquivoetc.blogspot.com/2008/02/nelson-ascher-nelson-ascher.html

  2. Pingback: Earth Hour 2009 « Blog do Marcello

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