Pois é. Estou voltando pra universidade. Mas não, não é isso que você está pensando.

Estou indo trabalhar para uma universidade.

Meu atual emprego até que foi interessante até um determinado ponto. Aprendi muito e vi como é infra-estrutura de IT de gente grande. E aprendi como é que se implementa Linux no que se chama “enterprise class” e entendi porque wall-street ama open source.

Também me mandaram pra Nova York e me deram curso de Perl. E só de birra, resolvi aprender Python. Além de que a famosa frase “a prática leva à perfeição” se mostrou real com o tanto que tive que colocar minha experiência com Bash pra funcionar.

Porém, como é obvio pelo fato eu estar mudando de emprego, resolvi que era hora de juntar minhas tralhas e mudar de emprego. Basicamente dois motivos me levaram a isso.

Primeiramente eu sou workaholic, viciado em desafios e fico entediado muito, muito fácil. Ai meu emprego basicamente era das 09:00 às 17:00hrs, sem on-call. O foco do meu time era “resolução pró-ativa de problemas”. Ou seja: análise de logs e resolução de problemas secundários que (ainda) não afetaram a produção.

A coisa funcionava mais ou menos assim: Tudo que era trampo CHATO ou repetitivo, o time de unix do cliente passava pra gente. E todo mundo sabe que trampos chatos e repetitivos tem apenas um destino: script. Então mesmo as mais complexas auditorias podiam ser quebradas em pequenas partes que podiam virar um ou dois pequenos scripts para facilitar a vida. Ai cada um destes pequenos scripts vira uma função de um script maior que chama essas funções baseadas em um padrão… E ai você usar regex pra fazer uma análise de padrões… you know the drill. Depois de um tempo tudo o que eu fazia ao chegar no serviço era abrir 3 ou 4 consoles no screen e rodar meus scripts. E dá-lhe Slashdot e BR-Linux o dia inteiro.

Como a infra-estrutura lá é show e o grupo de engenharia pertence ao cliente (e não à empresa de outsource que eu trabalhava), eu nunca ia chegar na parte divertida do trabalho.

Resumindo, a explicação é o seguinte: Eu gosto de problema. Quero mais é pegar um ambiente todo podre e detonado e fazer ele ficar bonitão, com uptime de 99,99%.

O segundo motivo é banal: dinheiro. Mim querer mais. E os funcionários mais antigos da empresa me contaram que ninguém tem aumento há três anos. Como a maioria das empresas não são sindicalizadas (e lá não é), não rola nem aquele aumento apenas para cobrir a inflação. Nada. Zip. Zero. Em três anos. Dá licença, né? Deixa eu vazar logo dessa furada.

Por enquanto não sei exatamente o que vou fazer, apenas que vou atuar com servidores Linux, Solaris e AIX. Mas assim que começar lá no dia 23 deste mês, coloco um post aqui.

Fico devendo, se possível para este final de semana, um resumo das técnicas que utilizei para escrever a carta de apresentação e para mandar bem na entrevista.

Então minha volta pra universidade não é exatamente o que meus pais gostariam que fosse, mas espero que quebre o galho. 😉