Não entendo muito de política, muito menos de parlamentarismo. E ainda por cima ainda não sou cidadão canadense e por isso minha opinião não conta nada, mas a chapa tá quente aqui na beira do polo-norte.
Uns dois meses atrás teve eleições, que foi pedida pelo atual primeiro ministro, mesmo não sendo hora de eleição (sem entender – 1).
Apesar de não serem votados diretamente (sem entender – 2) o primeiro ministro foi reeleito. Mas não com maioria no congresso e isso fez dele refém da oposição.
Mas aparentemente finesse e diplomacia não são o forte do cara e ele fez alguma coisa que aborreceu um bocado a oposição. Aborreceu tanto que todos os partidos, exceto o dele mesmo, se juntaram para formar uma coalizão. E devido à forma como o parlamentarismo funciona, todos os partidos juntos podem simplesmente derrubar o primeiro-ministro e colocar outro no lugar. Mesmo que ele tenha sido eleito poucos meses atrás.
Como se isso não fosse esquisito (anti-democrático) o suficiente, ainda é preciso lembrar que o Canadá ainda é uma monarquia e que a rainha da Inglaterra guarda alguns poderes, dentre eles mandar o parlamento em férias coletivas (sem entender – 3).
E foi isso mesmo que aconteceu. O primeiro ministro, com medinho de ser derrubado na semana que vem, foi pedir a benção da governadora geral – representante da rainha – para colocar o parlamento no freezer. E ela liberou (sem entender – 4).
Eu prefiro não me envolver e aparentemente o povo aqui do trampo também não, mas que rola um choque cultural, isso rola.
Mais detalhes aqui.
Cara, que estranho esse história de dar férias. Kkkkkkkkk
Ainda bem que no Brasil não é assim, senão os deputados iriam ficar fazendo intrigas o ano todo contra o presidente para serem mandados em férias os já poucos dias que trabalham.