Estava eu a trabalhar na semana passada quando a secretária do departamento vem me entregar uma carta selada, com meu nome, vindo do gabinete da presidência.
Eu quase joguei no lixo sem abrir, afinal o que mais poderia ser além daquele blábláblá padrão distribuido a todos os funcionários?
Mas ai eu reparei que ao invés de entregar uma cópia para cada membro da equipe, como de costume, ela entregou apenas pra mim e foi embora. Ai a curiosidade me fez abrir.
Resumindo o conteúdo era algo como:
“Sr. Eri Bastos, o dr. Fulano de Tal, presidente da universidade, vem por meio desta convidá-lo para a recepção anual de queijos e vinhos para novos funcionários, RSVP.”
Eu, como todo gordinho morto de fome – e praticante de GTD -, já mandei um email na mesma hora pra assistente do homem confirmando minha presença, ainda meio desconfiado.
Sei que minha experiência não é ampla, trabalhei até agora só em 4 empresas além da atual, mas é a primeira vez que uma delas promove uma recepção aos funcionários.
E não, não era aquele blábláblá de RH não. Isso foi na primeira semana de trabalho. Foi só um coquetel mesmo, basicamente com os novos funcionários e os chefões (diretoria para cima).
E não sei dizer se é cultura da empresa ou apenas cultura canadense, mas estava eu e um outro cara de IT conversando num canto e chega um velhinho, pergunta o nosso nome, departamento, se gostávamos do nosso trabalho e depois se apresenta: “Eu sou fulano de tal, vice-presidente. Que bom tê-los aqui conosco”. :-O
Ao final do evento eu já tinha batido altos papos (para o meu nível de sociabilidade, lógico) com o VP, com a diretora de RH, diretora de “international affairs” – que esteve no Brasil e conheceu aquela excelente “Universidade Mackenzie” (Silvio? Chico?) – , com a diretora de students affairs e mais um bando de gente importante que nem sei dizer o cargo.
Foi uma experiência interessante… Ainda não superou a churrascada em que jogamos todos os gerentes e todos os cliente na piscina… mas os sentimentos envolvidos são outros, como podem imaginar. 😛
Filho querido:
Esses relatos nos fazem imaginar o quanto você está gostando do novo país, que faz parte dos melhores do mundo.
Afinal, todos gostamos de ser bem tratados, respeitados e reconhecidos como gente decente.
Beijos,
Pai
Filho querido, trabalhar em lugar que os fúncionários são bem recepcionados é bom de mais
BJ
Mãe
Bem, conhecer o Mackenzie já é meio caminho andado… 😛
Queijos e vinhos com o VP e diretoria, trabalhar ouvindo iPod, máquinas ociosas que podem rodar Linux. Se ganhar bem, esse é o “ultimate job” com certeza…