Quem acompanha meu perfil no Twitter viu que ontem eu estava na AUCTC. É uma conferência onde as Universidades e Faculdades aqui das Maritimes se juntam para discutir assuntos em comum.
Eu já imaginava que ia ser perda de tempo pelo que conversei com outras pessoas do meu grupo antes do evento. Cá entre nós, inovar, pensar fora da caixa e corajosamente ir onde nenhum homem jamais esteve passa longe das qualidades desse povo sindicalizado daqui.
Mas a impressão geral foi ainda pior: As pessoas de IT das universidades não tem a menor vocação para IT. Não tem jeito para IT e, definitivamente, não tem paixão por IT.
Talvez minha barra esteja setada muito alta, pois sempre uso como referência de evento de IT o FISL e o GTER e na hora de comparar os outros realmente ficam devendo. Mas por outro lado fiquei chocado com o fato de no primeiro dia eu ser a única pessoa com um notebook. Como pode isso? Num evento de IT só ter uma pessoa com notebook?
O keynote de abertura então foi uma coisa ridícula. O sujeito convidado pode até ter alguma coisa interessante pra contar mas mesmo se esforçando para encaixar IT na palestra dele o tiozinho não conseguiu.
De todas as palestras que assisti gostei de uma sobre sustentabilidade em IT, onde a NSCC afirma ter conseguido uma economia de $ 250 mil por ano em energia apenas instalando um software que desliga os PCs durante a noite e outras medidas que geraram uma imensa economia, além de ser mais responsável com o ambiente (ie abolindo impressão de guia de alunos, manuais, etc).
Outra interessante foi sobre uma forma interessante serviço de telco fornecida pela Internetworking Atlantic: Você aluga um par de fibra óptica deles. Eles chamam de Dark Fibre, pois a mesma é entregue “escura” para os clientes, que podem escolher que tipo de conexão utilizar nelas. Nada mais é do que um imenso patch-cord pra interligar duas localidades. Eles literalmente entregam APENAS a camada 1 do modelo OSI.
E o que salvou o evento foi o keynote de abertura do segundo dia, sobre Open Education, ministrado pela IBM. Quando o sujeito começou a falar sobre os alunos de hoje, o que eles querem, o que não querem e como pensam eu cheguei a conclusão que eu fui um pouco precoce. Aparentemente tem mais gente pensando como eu hoje em dia.
De qualquer forma valeu um dia (no caso dois) fora do escritório.