Caligrafia

By | February 9, 2009

Escrever à mão sempre foi um desafio para mim. Por algum motivo, desde pequeno minha escrita sempre foi uma coletânea de garranchos.

Lembro que ODIAVA caligrafia, pois simplesmente não conseguia reproduzir aqueles caracteres afrescalhados que vinham na apostila.

E como se não bastasse a frustração em si de não conseguir fazer direito aquela birosca, ainda tinha sempre a cobrança dos meus pais e professores em cima disso.

Eu me lembro claramente, por exemplo, de estar sentado na cozinha da casa de praia, durante as férias, fazendo lição de caligrafia. Lembro também que infinitas coisas que eu queria na minha infância foram sujeitas à melhorar minha caligrafia: Ganhar um brinquedo, ganhar um cachorro, ir em algum lugar, etc, etc…

Meu pai inclusive sempre teve como uma das regras de seleção de funcionários dele “ter boa caligrafia” e fico feliz dele ter aberto uma excessão pra mim e me deixado trabalhar no escritório dele mesmo com minha letra horrível.

Felizmente o tempo passa, a tecnologia evolui e nunca, em nenhum dos meus empregos em IT ninguém jamais me pediu pra escrever nada à mão.

Essa maquininha maravilhosa chamada PC me permite escrever do jeito que eu quiser, do tamanho que eu quiser e da cor que eu quiser.

Lógico que de vez em quando ainda preciso escrever alguma coisa à mão, como assinar documentos ou preencher formulários variados, mas pra mim isso é o equivalente a uma sessão de tortura. Assinar ou escrever mais do que cinco linha causa cãibras, enrigecimento muscular e dores que duram algumas horas. Sem contar que eu realmente não uso a famigerada “letra de mão”, mas apenas caracteres de forma, todos maiúsculos. E mesmo assim ainda fica com aquele aspecto de semi-analfabeto, manja?

Felizmente eu quase sempre estou com a esposa, que é a preenchedora oficial de papéis da casa, ai eu só preciso assinar e já era.

Mas aparentemente não estou sozinho. Nessa pesquisa no /. se somarmos a quantidade de pessoas que respondeu “minha caligrafia nunca foi legível para seres humanos” e “que diabos é caligrafia?” temos um total de 49% da população geek na mesma situação que eu.

Menos mal. Essa é uma daquelas situações em que estar na média nem é tão ruim assim.

9 thoughts on “Caligrafia

  1. Fernando Pedro

    Quando tenho que escrever algo maior do que duas linhas minha mão já doi.
    Agora na nova faculdade (mais uma) sou incentivado a usar o note dentro de sala e deixar de usar o caderno. Agora que eu num escrevo mais.

  2. Vera Maria

    Filho, se durante as férias você ficava fazendo a lição de caligrafia, era no intuito de não passar por esse constragimento de escrever e as pessoas não entederem o que escreveu,
    E não por castigo, mas infelismente você puxou para mim, pois tenho uma letra pior do que a tua.
    E as pessoas não entendem que ao escrever a nossa mão doi e muito.
    Agora aquele curso de inglês que fiu intimada a fazer, vou ter que escrever a mão
    Coitada de mim.
    BJ
    Mãe

  3. Pascal

    Passei pelos mesmos problemas quando criança!

    O ato de escrever causa dor nas juntas em questão de 1 minuto! E a cada 10 linhas escritas a qualidade da minha caligrafia cai 20% ( tudo na vida pode piorar )

    Felizmente desde que larguei a faculdade não tenho mais tido esse tipo de problema. 🙂

    Meu problema hoje se resume a assinatura, já que eu não tenho uma dessas rabiscadas que todo mundo tem. Pois é, ainda assino meu nome por extenso e em letras de forma!

    Fui renovar minha habilitação mês passado, tive que assinar meu nome 3 vezes, pois não estava conseguindo fazer minha própria assinatura! ( Eles queriam como a da carteira de identidade )

    É isso,
    Abraços!

  4. andreyev

    Escrever à mão me remete à idade média!

    Fora a desvantagem de não poder indexar o que foi escrito, sob a pena de nunca mais achar os garranchos…

  5. E. Coelho

    Filho querido:

    Normalmente, quem tem letra bonita é detentor de inteligência razoável ou acima da média.

    Você, Eri, é uma exceção, apesar de ter letra incompreensível, possui uma inteligência muito acima da média.

    Beijos,

    Pai

  6. Flá

    Ainda bem que os “recadinhos” que vc me deixa por escrito vêm via e-mail, porque realmente, sua letra não dá, não.
    Lembra aquela vez que vc não LEMBRAVA como fazia um 8???? 😛

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