ITIL é um paradoxo pra mim.
Ao mesmo tempo que deve deixar as coisas mais claras, simples e eficientes na minha experiência até agora, pelas outras empresas que passei, ITIL era uma coisa obscuro, complexa e lenta.
Minha maior briga sempre foi com change management. Eu tinha certeza até esses dias que pra trabalhar no time de change management o fulano tinha que fazer treinamento pra chato e ser pós-graduado em perguntas estúpidas. Lógico que uma boa dose de burrice também me parecia mandatório.
No meu último emprego ainda tinha um requinte de crueldade, que era “reunião de change”, onde o dono da change e/ou o time todo envolvido deveria comparecer num determinado horário e “defender” a change. E a expressão não poderia ser melhor. Eu me sentia num tribunal cada vez que tinha que “defender” minha change.
Perguntas estúpidas do tipo “qual o plano de fallback caso dê problema?” quando você está fazendo um decomission é pedir pra receber uma resposta atravessada, né? Amigão… O que pode dar errado em DESLIGAR um equipamento? Se ele não desligar eu arranco o fio da tomada. Se ele não desligar mesmo assim eu meto marretada nele. Pode ser, não?
Sem contar o número de vezes que tive que explicar pra um ou outro fulano porquê diacho não precisa fazer backup de switch quando você vai montar um etherchannel. NÃO, FULANO, não pode acontecer do disco corromper. Você sabe o que é um switch, não? NÃO tem disco, filhote de cruz-credo.
Felizmente eu acabo de descobrir que existe inteligência no processo de ITIL e com as pessoas certas,o sistema certo e a mistura adequada de formalidade com praticidade faz com que o processo flua sem nenhum problema. Tudo lindo, informativo, prático…
Participei de uma change este final de semana que mudou meus conceitos. Quando eu crescer quero ser igual o pessoal lá da empresa, viu? Sensacional.
PS: Sei não… mas cada vez mais acho que em casa de ferreiro espeto é de pau. (Entendeu, entendeu. Não entendeu, azar… Você não trabalhava comigo…)