Lá vou eu, de novo, falar de assunto polêmico que não dominio completamente. Ah… como é bom um ter um blog e viver num país com liberdade de expressão.
Hoje comemora-se 200 anos do nascimento de Darwin. Por si só já acho isso esquisito, mas como também comemoram nascimento de Elvis Presley, Carmem Miranda e até da Derci Gonçalves, vou deixar essa passar.
Darwin causou uma “revolução científica” devido à suas teorias sobre a evolução, explicadas no livro “Sobre a origem das espécies através da seleção natural ou a preservação de raças favorecidas na luta pela vida”.
Não, eu nunca li o livro, mas assim como não preciso colocar o dedo na tomada para saber que vou tomar choque eu não preciso ler esse livro para saber que não vai me agregar nada.
O motivo de eu utilizar aspas quando me refiro à revolução científica é pelo fato de que considero a _teoria_ da evolução uma religião.
Apesar de ser uma história muito bonita e interessante (como uma religião), com um livro-mestre e estudos que dão o maior suporte para ela (como uma religião) e ter diversos ramos (como uma religião) e especialistas no assunto (como uma religião), tudo que sustenta a teoria da evolução é a firme crença de seus seguidores (como uma religião).
Lógico que não estou falando de micro-evolução, que é provada diariamente por criadores de cães, gado, etc e que foi mais do que documentada por Mendel.
Um exemplo que ouvi uma vez foi: Você mostra para uma criança de dois anos quatro desenhos: 1 lobo, 1 cachorro, 1 raposa e 1 vaca e pergunta qual é diferente. A criança de dois anos identifica facilmente a vaca, mas alguns defensores da teoria da evolução parecem ter uma dificuldade enorme para resolver essa questão.
Macro evolução? Eu acho que não…
Como comprovação científica aceito aquilo que pode ser reproduzido N vezes em um ambiente controlado, replicado e auditado por terceiros e que gere dados em quantidade o suficiente para ser estatiscamente relevante. Lógico que cientistas profissionais costumam exigir bem mais do que isso, exceto quando se fala de evolução. Afinal, para religião basta a fé.
Algumas pessoas podem querer argumentar sobre fósseis que mostram alguns tipos de répteis com asas. Ou seriam pássaros com escamas? Outras podem trazer o Ornitorrinco pro assunto e alguém menos informado pode jogar os Neandertais na conversa, mas deixando a religião – evolucionismo – de lado, esses exemplos são apenas espécies de animais em si mesmas e não atendem aos critérios do parágrafo acima.
Eu não tenho nada contra quem acredita na evolução. É uma idéia válida e legítima que pode ser aceita ou refugada como muitas outras. O que eu tenho contra é ela ser falsamente chamada de ciência enquanto, na minha opinião, passa muito longe disso.
E, sinceramente falando, quem acredita na evolução também costuma acreditar no Big Bang e ai a coisa complica mais ainda. Com o tanto de variável envolvida no processo Big Bang -> atualidade eu sou obrigado a dizer que realmente precisa de muita fé.
Talvez mais fé do que eu preciso para acreditar que um Deus onipotente criou tudo isso. E em apenas 6 dias.
Recentemente vi uma frase:
“Quem não acredita em Deus, pode acreditar eu tudo”.
O autor, se não me engano, é Júlio Severo:
http://juliosevero.blogspot.com/
Olá Erivaldo, esse post me chamou a atenção pra sua biografia. Como você não é, como você mesmo diz, um “crente bitolado”, e gosta de estar antenado com as publicações científicas, sobre esse assunto em particular, sugiro o livro The Selfish Gene, do Richard Dawkins. Li-o há pouco tempo e vi que eu não tinha a menor noção de como a teoria da evolução “evoluiu” desde os tempos do Darwin pra uma ciência bela e ricamente comprovada.
Sobre a questão da validação científica de uma teoria, não é realmente sempre necessário que sejam feitas experiências em laboratório. Até porque ramos como a cosmologia, a astronomia ou a gealogia não “caberiam” num laboratório tradicional. O que é necessário para que uma teoria seja científica é que ela seja falsificável, i.e., que ela possibilite a previsão de fatos que possam ser verificados pela experiência ou pela observação. Nesse sentido, a evolução é uma teoria até o momento consistente, pois permite explicar todos os fatos relevantes já observados e, mais importante, permite especificar observações que a desprovariam.
Regards.