O título oficial no trabalho é “Senior Systems Administrator” e tenho gasto mais de 80% do meu tempo nesse primeiro mês automatizando coisas.

Fato: Eu sou preguiçoso pra cacete e odeio trabalho repetitivo. Logo, automatizar é preciso. As coisas que automatizei eu raramente precisaria fazer eu mesmo, já que tem o pessoal mais júnior pra fazer. Porém se eles estiverem fazendo esse trabalho chato e tedioso, outras coisas chatas e tediosas iam sobrar pra mim. E projeto, que é legal, vai ficando pra depois. Entenderam onde quero chegar? 😛

O problema é que a empresa é pequena. Com 2 semanas de casa automatizando coisas já corria o boato que “o cara novo manja muito de script”. E ai, como diria o Dilbert, bate a maldição de ser competente.

90% dos negócios da empresa estão em cima do principal software, logo tem uma equipe de desenvolvedores que é praticamente metade dos funcionário da empresa. E eles estão atolados até a alma de coisa para fazer. Mas surgiu uma necessidade urgente (uns 3 meses atrás) de fazer parse em uns arquivos para analisar os dados e até então ninguém tinha nem olhado. E deram previsão de mais 6 meses antes de ter tempo de olhar.

O gerente de contas do cliente então chega pro cara novo (aka esse que vos fala) e pede: Será que você pode dar uma olhada? Hum… desenferrujei um pouco do Python e fiz o treco pro nego. A lógica é de pobre, mas é limpinha. Funciona e é o que interessa.

Mas e ai? Ai que ele ficou tão feliz que foi falar com o meu chefe se ele não me “emprestava” pra expandir o projeto, fazer sistema de relatorio, analise anti-fraude, transferência de arquivo…

Resumindo… caiu a casa pro meu lado. Vou passar um bom tempo agora em projeto de desenvolvimento. Mas eu vou armado, parceiro. E de farda preta: