FUD é uma sigla em inglês que significa “Fear, Uncertainty and Doubt” ou em português “Medo, Incerteza e Dúvida”.

De acordo com a definição da Wikipedia,  o FUD é uma estratégia de marketing e relações públicas que normalmente tem como estratégia tentar influenciar o público através de informações negativas e  vagas sobre algo.

Quem é da área de IT está cansado de ouvir estar expressão e sabe que a empresa que mais utiliza esta tática é a Microsoft. (Verificar link da Wikipedia que tem as referências).

Em um dos seus vários ataques FUD ao Linux, Steve Ballmer (CEO da Microsoft) largou mais uma pérola: O Linux é comunista. Ou seja, resolveu jogar sujo. Já que não dá pra competir tecnicamente e o mercado está cada vez mais adotando o Linux, vamos jogar areia no pessoal do departamento de tecnologia falando pros chefes deles (consequentemente os donos da grana) que Linux é coisa de comunista.

Lógico que houveram reações e artigos como este que batem de frente nas afirmações dele de Bill Gate sobre o assunto, mas sempre tem um ou outro que sem nenhum conhecimento de causa, estudo prévio ou discernimento sobre o assunto que resolve falar pinça um FUD de anos atrás e resolve tomar as dores da Microsoft.

Vemos aqui um exemplo claro de um cidadão totalmente despreparado falando, com o perdão da palavra, merda.

Eu sempre achei no meu íntimo que “professor” é um cidadão que não teve competência pra sobreviver no mercado de trabalho e resolve “ensinar” para seus alunos aquilo que nem ele aprendeu. E pior: Quando ele não aprendeu já estava desatualizado. Agora então nem se fala. (Veja este vídeo sobre isso).

Então quando um cidadão desse resolve abrir a boca, não se pode esperar muito mesmo. Vamos citar alguns trechos:

É difícil de imaginar que alguém acredite que um empreendimento como o Linux possa ser realizado por pessoas totalmente despojadas e que não pensam e não precisam ganhar dinheiro.” 

É difícil imaginar que alguém imagine que outros imaginam isso. Entendeu? Precisa ser muito alienado para achar que ninguém sabe que o Linux tem um custo e alguém paga este custo.

_ “Bilhões de dólares são movimentados neste negócio e quem opta por usar o Linux, ao invés do Windows, gasta muito dinheiro!”_

Inclusive agradeço a todos os meus clientes que sempre me pagaram muito bem pelos meus serviços relacionados a Linux e software livre.

Tente instalar o Linux em seu computador e começar a operar. Você começará por comprar livros, fazer cursos, participar de chats e comunidades no orkut, etc. O tempo gasto será absurdo (time is money, lembram-se?), até que você consiga fazer as mais triviais operações com o novo sistema operacional.

HUahuahuahua… Este senhor com certeza nunca passou a menos de 100 metros de um computador rodando Linux. E com certeza também nunca passou 4 ou 6 horas na frente de um computador tentando fazer o Windows reconhecer a placa de vídeo ou de som. Mais uma vez repito: Se não sabe, não fala nada que fica menos feio.

Quando você for adquirir algum software aplicativo específico para funcionar com o Linux, você verá o quão graciosa é sua empreitada.

Sinceramente não entendi o que essa frase significa…

Pensar em usar o Linux para lutar contra o bicho papão da Microsoft, ou porque o Linux é feito por monges trapistas, é uma quimera.

FUD de novo. O Linux não foi criado para “lutar” contra a Microsoft. Ele foi criado para ser um sistema compatível com Unix para plataformas x86. Na época que ele foi criado as primeiras máquinas x86 estavam começando a ficar populares, mas as únicas opções de sistema operacional para rodar eram o Unix e o DOS. O Unix custava uma fortuna e o DOS era um lixo que não conseguia utilizar nem metade da capacidade da máquina. Então se o Linux veio pra “lutar” contra alguém, foi contra o Unix.

Monges trapistas? Também não… Hoje por trás do Linux estão empresas como IBM, Novell, Oracle, Red Hat, Google, Sun e diversas outras grandes empresas com ações na bolsa e fins totalmente lucrativos.

Eu mesmo, na minha humilde condição de zé-ninguém, estou muito interessado no meu salário no final de um mês trabalhado com software livre.

Uma última palavra: falar em domínio da Microsoft, vá lá. Falar em monopólio da Microsoft é uma piada. Aliás, para entender o que é monopólio não é preciso consultar compêndios econômicos, basta ir ao Aurélio que diz: tráfico, exploração, posse, direito ou privilégio exclusivos. A única exclusividade da Microsoft é ser malhada pelos esquerdistas mundo afora.

Engraçado. Sabe quem discorda do professor? A comunidade européia, que processou a Microsoft por monopólio (e ganhou). Deixa eu ver… Em quem eu acredito?

O que realmente me deixa em dúvida é o seguinte: Defendo o software livre porque a superiodade técnica é indiscutível. Defendo  o software livre porque tenho uma flexibilidade gigantesca. Defendo o software livre porquê sou ajudado e ajudo outros que, como eu, são auto-didatas.  Mas acima de tudo, eu defendo o software livre porque é meu ganha-pão.

Agora, porque alguém que não seja funcionário ou beneficiário da Microsoft defenderia esta empresa?

Em tempo: O cidadão escreveu um segundo artigo  onde ataca o software livre baseado no Manifesto GNU, criado pelo lesado do Stallman. Não vou nem comentar, pois é um lesado falando do outro.