Já fazia um bom tempo que eu estava pensando em migrar meu blog para fora do WordPress. Considerando que eu posto de duas a quatro vezes por ano, manter toda aquela complexidade de plugins, banco de dados e temas era um desperdício de tempo e energia. Meus posts são simples, e poderiam facilmente ser estáticos.
Mas, você sabe como é… quando a gente já está acostumado com algo, dá mais trabalho parar de usar do que continuar.
Recentemente, no entanto, a Automattic (empresa por trás do WordPress e minha ex-empregadora) começou a aparecer nas notícias por adotar uma postura mais rígida com outras empresas que utilizam WordPress. Como eu já não tinha uma boa impressão da empresa depois de trabalhar lá, e vendo essa disputa, que pode até ir contra os princípios do open-source, resolvi aproveitar as minhas férias para migrar o blog para Hugo.
Confesso que demorou alguns dias, mas na verdade foram apenas algumas horas de trabalho em cada um deles. A maior parte da frustração veio do plugin de exportação do WordPress, que simplesmente não sabia lidar com vários tipos de blocos ou códigos específicos de outros plugins que usei no passado.
Algumas das dores de cabeça que tive:
- Vários links internos estavam hard-coded usando o
page-id
- Vídeos do YouTube apareciam apenas como links, em vez de exibirem o vídeo (culpa do export)
- Blocos de código não estavam sendo convertidos para Markdown corretamente
- O domínio estava hard-coded
- Imagens tinham links com
wp-content
No final, consegui resolver tudo com alguns scripts em Python e shell, mas é bem provável que ainda existam alguns problemas escondidos por aí.
Outra coisa interessante foi perceber a quantidade imensa de vídeos e blogs que eu havia linkado e que simplesmente não existem mais. Uma pena. Alguns dos meus posts eram praticamente só um link para vídeos que já não estão no ar, então nem sei mais sobre o que eram. Não apaguei nada, por motivos históricos.
Enfim, este é o post inaugural, totalmente no Hugo, para ver como a coisa anda.
Ah, sim. Removi a possibilidade de comentários. Só me dava trabalho de ficar protegendo contra spam, e além da minha mãe, ninguém comentava mesmo. 🙂