Entre 2005 e 2007 participei da criação de algumas redes relativamente complexas, com trocentos requerimentos, especificações, servidores, redes, políticas de segurança, etc.

Na época eu estava no time de redes e era minha responsabilidade alocar subnets, IPs, Vlans, etc. Até que era divertido fazer toda a engenharia de uma rede razoavelmente grande e complexa, até que chegavam os malditos clusteres.

Não manjo nada de AIX, mas toda vez que precisávamos implementar um cluster de System P era a mesma coisa:”Ô, Eri… precisamos de uma rede exclusiva pra comunicação entre sei-lá-o-que e a repimboca da parafuseta.”

Tocava eu criar uma Vlan só pra isso.

E onde tem AIX tem o que? Oracle… (sempre andam juntos ou é impressão?). Ai vem também o DBA e larga: “O Oracl RAC precisa de uma rede exclusiva pra heart beating…”

Ô minha nossa… uma rede feita com tanto capricho e cuidado, com subnets bem definidas, máscaras de rede escolhidas com cuidado, numeração IP feita com esmero o suficiente para ser possível saber o hostname baseado no IP sem precisar de DNS… E me aparecem esses filhotes de cruz-credo criando redes isoladas e horrível de documentar num diagrama. O que fazer?

Bom… Eu fazia o seguinte: Para não estragar a minha alocação de redes privadas tão bem planejada eu simplesmente alocava 1.1.1.x/xx para essas tranqueiras. Ficava limpo, bonito e todo mundo que pegava o cliente depois que eu tinha saído do projeto sabia, apenas de bater o olho, do que se tratava aquela subnet: Era isolada e não precisavam se preocupar com ela.

Até ai tudo bem… Exceto por um problema: Dia 20 de Janeiro de 2010 a rede 1.0.0.0/8 foi alocada para Asia Pacific Network Information Center.  Oops… Foi mal, hein?

O quanto isso vai ser um problema na prática eu não sei dizer, pois a maioria dessas redes que eu implementei não eram acessíveis via internet de qualquer forma… Mas potencialmente falando é um problema.

Bom…. vivendo e aprendendo… De qualquer forma, desculpa qualquer coisa. 😛