Eu sempre foi um cara de infra-estrutura e por isso minha recente aventura com upgrade de aplicação foi um choque.

Dando alguns detalhes, o sistema de educação à distância que usávamos rodava numa única caixa Linux, que continha tudo. Era um quad-xeon 2.4GHzm com 2.5GB de RAM e 275GB na partição de dados. Ah, sim… Todo o sistema feito em Perl, rodando num Apache.

Isso para conter mais ou menos 6000 estudantes e 1600 cursos individuais.

Ai vem uma empresa concorrente e compra a empresa que desenvolvia nosso software. Portanto a nova versão que instalamos não era um “upgrade” da versão antiga, mas uma coisa completamente nova.

Pois essa nova maravilha da arte da computação precisa de: Um application server Linux, rodando num octo-xeon 3GHz com 4GB de RAM e 52GB na partição de dados e SURPRESA, SURPRESA, um database server, rodando Windows 2003 e SQL Server 2005. Ah… e tudo em Java em cima de uma versão estranha de Tomcat.

O database server tem as mesmas especificações de processador e memória, mas tinha, inicialmente, 250GB de disco para a partição da base de dados. Eu disse inicialmente porquê assim que começamos a migração dos cursos o disco encheu. Eu tinha migrado apenas uns 70 cursos e não tinha nem mais 1MB livre no disco.

Agora quem me explica porquê na versão antiga eu tinha 1600 cursos em 275GB (na verdade só 208GB usados) e quando passo para a versão nova 70 cursos ocupam 250GB?

Na primeira oportunidade que tive de confrontar a empresa com esses dados eu sentei o dedo, mas fiquei sem palavras quando ouvi a resposta deles: “Ah… mas espaço em disco é barato hoje em dia”.

Isso só me faz acreditar ainda mais neste artigo, cujo título é: Hardware é barato, programadores são caros.