Como meus amigos e quem já se deu ao trabalho de ler sobre mim sabem, sou evangélico. Ou, no nosso jargão, nascido de novo, nova criatura, etc, etc…
Mas não costumo trazer este assunto ao blog, pois além de já ter assuntos polêmicos demais (ver categorias geek e política), ainda não existe nenhum comentário ou argumento que possa me fazer mudar meu ponto de vista. Não que seja fácil me convencer a usar Windows ou voltar pro Brasil. Mas quem sabe com argumentos o suficiente… 🙂
Porém algumas coisas andam me chamando a atenção e acho que preciso comentar.
De uns anos para cá parece que o mundo resolveu entrar de sola contra a religião. Ser ateu agora é pop. E, por conseqüência, todo mundo que acredita em Deus (aquele da Bíblia, sabe?) é automaticamente taxado de ignorante e indigno de qualquer tipo de crédito.
Se um “cientista” falou, é verdade. Não importa se vira e mexe eles acabam voltando atrás em suas próprias teorias e até pagando apostas por causa disso.
Mas essa coisa de cientista é interessante. Afinal, o que faz de alguém um cientista? (Sem piadinhas sobre ciências da computação, por favor. 😛 ).
Uma rápida olhada na
Wikipedia mostra:
“Cientista é uma pessoa que se dedica ao estudo de uma ou várias ciências, podendo ser especialista ou especializado somente em uma determinada área científica.”
Bonito, né? Mas olhem só a realidade: Ninguém fala “sou um cientista”. As outras pessoas é que falam: “fulano é um cientista”.
E não basta que uma pessoa qualquer fale isso. Pra ter crédito mesmo, é necessário que isso seja dito por outros cientistas.
Vou contar uma história então…
Fulano se mata de estudar trocentos anos, faz mestrado, doutorado, PhD e começa a dar aula e fazer pesquisa.
Já com um bom tempo de estrada ele começa a publicar artigos em periódicos científicos e passa a ser convidado para palestras e tal.
Finalmente, depois de anos, ele está sendo chamado de cientista e a vida é bela.
Mas apesar de anos e anos estudando biologia (ou geologia, ou física), Fulano resolve publicar um artigo enumerando algumas questões que vão contra o establishment. São questões legítimas e claras que colocam em xeque teorias como Big Bang e Evolução.
O que acontece? Seu artigo não é aceito por nenhum periódico. Pior do que isso, Fulano perde o emprego como professor na universidade e passa a ser atacado por outros colegas.
Aliás, ex-colegas. Pois se fulano acredita que alguém criou tudo o que existe, este fulano não pode ser sério. Não pode ser um “cientista”. Ele deve ser um pseudo-cientista!!
Fulano então encontra-se atualmente desempregado e com sua carreira, construída a muito custo, destruída.
Mas espere! Isso não é tudo! </voz de locutor>
Fulano também serviu de exemplo, de modo que nenhum outro cientista, independentemente de suas descobertas e questionamentos, se arrisque a tocar no assunto.
E então a mentira continua sem ser questionada. E continua a ser contada. E repetida mil vezes.
Será que eu estou inventando este cenário? Aparentemente não, já que um filme/documentário está estreando este final de semana pra trazer à tona as inúmeras vezes que isso acontece.
O nome é Expelled: No Intelligence Allowed.
E vale a pena ver o trailer:
Para os Trolls de plantão, já aviso: Estou cagando e andando pra sua opinião. E se acha que esse comentário é “pouco Cristão”, considere o seguinte: Estou cagando e andando pra sua opinião.