Ando com muita preguiça de escrever. E também ando pensando em vários assuntos poderiam ser legais em um diálogo, mas em um monólogo (como é o caso do blog), não rendem muito.

Então vou juntar as duas coisas e fazer um post preguiçoso sobre assuntos incompletos. Assim todo mundo fica insatisfeito.

O Aprendiz

Graças ao Youtube (e a minha AppleTV) estou acompanhando (com umas 2 semanas de atraso) o Aprendiz 5.

Acabei de ver o episódio onde ele manda os aprendizes para um curso no exército. E o mais impressionante foi o seguinte: Se eu tivesse lendo os diálogos sem saber os autores de cada frase seria realmente muito difícil distingüir entre o Roberto Justus e o sargento do exército.

Politicamente incorreto

Eu simplesmente ODEIO o politicamente correto. Mas acho muito engraçado como a mídia manipula as palavras e as manchetes para influenciar os leitores para um lado ou outro.

Esses dias eu li no Terra uma notícia que era algo como “Soldados de Israel assassinam guerreiros palestinos”

Taqueo, viu? De duas uma: Ou esse bando de retardado não sabe a diferença de violência urbana e GUERRA ou querem influenciar subliminarmente seus leitores a pensar que este ou aquele lado num conflito é o malvado (assassino) ou o bonzinho (vítima).

Direitos Humanos

Esse vai pra minha irmã e pro meu pai.

No Brasil eu sempre odiei os “direitos humanos”, por razões que qualquer pessoa com o mínimo de bom-senso odeia também.

Todo mundo sabe que os “direitos humanos” no Brasil são cúmplices da impunidade e escárnio das vítimas da violência.

Mas aqui no Canadá as pessoas direitas levam vantagem também. Os direitos humanos impedem que numa entrevista de emprego seja feita qualquer tipo de pergunta de cunho pessoal, incluindo idade, origem (nacionalidade, racial, religiosa), número de membros da família, com quem mora, onde mora, etc, etc.

Meu chefe, inclusive, prefere entrevistar os candidatos por telefone, para garantir que não será influenciado nem pela aparência física da pessoa.

Ah, sim. A empresa também não pode perguntar nada sobre a saúde do funcionário e, muito menos, fazer o ridículo exame médico admissional ou demissional.

Mas aparentemente ai no Brasil o Deputado (Senador?) Clodovil não só é a favor do exame admissional como até quer extender o mesmo, né? Quer incluir exame de toque.

E a melhor parte da matéria é: “Segundo a proposta, caso o exame apresente resultado positivo, o trabalhador deverá receber o tratamento psicológico necessário.”

Sei não, mas acho que o tratamento psicológico vai ser necessário só pelo fato de fazer o exame.

Deu uns cãinbra

Lembra aquela piada mais velha que andar pra frente: “O português mudou pros Estados Unidos, não aprendeu Inglês e esqueceu o Português?”.

Então… Não é tão piada assim. De vez em quando dá uns cãinbra no célebro aqui que não sai nem uma coisa nem outra.

Mas o pior é quando sai naturalmente o oposto do que você queria. Esses dias eu estava esperando o cliente entrar numa conference call. Meu chefe chega pra mim e pergunta:

– Hey. Is Bill on the call yet?

E eu, na maior tranquilidade, respondo:

– Não. Ainda não.

Ele parou, me olhou por um segundo e falou: OK, thanks. Let me know when he joins.
Mas eu só percebi que tinha respondido em português uns dois minutos depois.

Fica então um agradecimento aos meu colegas de trabalho que fazem um esforço fenomenal pra entender de que raios eu estou falando e também à meia dúzia de leitores deste blog que fingem que não vêem meus erros de português.