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Meus Cães – Parte IV

Atenção: Este é um post estilo “querido diário”. Continuação deste outro post.

Felizmente o Lobo continuava em casa, mas…

Existe uma idade maldita chamada adolescência. Como eu queria não ter sido adolescente. Você vira um pentelho insatisfeito e indeciso.

A adolescência é um dos motivos pelo qual não quero ter filhos e sou muito grato aos meus pais por terem me suportado durante esta idade. Nem eu me aguentava.

E de todas as coisas ruins desta idade uma das que mais afetou o Lobo foi o fato de eu não querer mais passar tempo com ele. Me dá tristeza no coração hoje (e um pouco de humidade nos olhos) lembrar da carinha dele me olhando pelo vidro da sala querendo um pouco da minha compainha.

Cães são animais sociais e água, comida e abrigo não são suficientes para mantê-los saudáveis. Contatos com outros cães e com pessoas é fundamental para seu bom estar e sua saúde física e mental. Além disso eles precisam ser escovados, treinados e “brincados”.

Eu me arrependo amargamente de ter abandonado o meu querido amigo Lobo em sua velhice, quando ele mais precisava de mim. Me vêem lágrimas nos olhos e eu gostaria de ter outra oportunidade de encontrá-lo, pelo menos para pedir desculpas.

Mas isso não é possível. O Lobo, cãozinho querido que foi meu amigo de infância e meu grande companheiro, morreu longe de mim  sob os cuidados do caseiro, já que eu havia sido um dos principais incentivadores a mudarmos da casa onde morávamos para um apartamento e já não via o Lobo a mais de mês.

Isso é uma tristeza que carrego até hoje em mim.

Mas como todos aprendemos com nossos erros e novas oportunidades surgem sempre o tempo passou e eu sai da adolescência. E cresci. E me casei. E fui morar no interior. Numa casa.

Essa foi a deixa para tocar o barco e sair em busca de um novo amigo peludo.

CONTINUA EM OUTRO POST

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