After the software wars

By | July 23, 2009

UPDATE: Link do livro atualizado, Tks, Licio.

Keith Curtis era um funcionário da Microsoft na equipe de desenvolvimento, tendo passado por diversos produtos, até que rolou aquele “tô de saco cheio  dessa m*” e ele pediu pra sair.

E depois de sair resolveu experimentar o Linux “pra ver qualé que é” e ficou impressionado com a facilidade que teve para ter o sistema “up and running”. E se você leu meu último post, sabe que vou concordar com ele. Depois e anos instalando apenas Linux, instalar o Windows foi quase um parto.

Então quando o sujeito viu a instalação gráfica, o sistema inteiro rodando sem precisar instalar nenhum driver e muito mais do que notepad e calculadora na instalação padrão ele viu a luz.

E o cara pirou na batatinha e se engajou em alguns projetos e entender como o mundo open source funciona… E apaixonou. Apaixonou tanto que resolveu escrever um livro e soltou ele gratuitamente pra quem quiser. (Eu comprei uma cópia impressa… odeio ler na tela).

Lógico que não dá pra concordar com tudo que ele fala e, em alguns capítulos o nego viaja na maionese, mas a idéia geral é a mesma que o Mark Shuttleworth tem:

A força do software livre é colocar pessoas com o mesmo objetivo trabalhando juntas e não uma contra a outra. E uma vez que o software base seja sólido e a comunidade ao redor esteja interessada o software livre não vai ser tão bom quanto o software proprietário. Vai ser muito melhor.

O Curtis faz algumas analogias interessantes, como os esforços para mapear o DNA humano. Quantas empresas, universidades e agências governamentais estavam na corrida inicial para ver quem ia ser o primeiro a conseguir um mapeamento completo. Todos individualmente descobrindo os mesmo processos por si mesmos, fazendo a mesma coisa que todos os outros estavam fazendo e gastando tempo e dinheiro de forma desnecessária.

Se esses cientistas todos tivessem se juntado da mesma forma que a comunidade open-source se junta o resultado teria saído com certeza bem mais rápido e barato.

É um conceito nada novo, expressado muito bem por George Bernard Shaw: “Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã, se as trocarmos, cada um de nós continuará com apenas uma maçã. Mas eu tenho uma idéia, e você tem uma idéia. Se as trocarmos um com o outro, ambos teremos duas idéias”.

Uma outra defesa interessante que ele faz, que eu estou sentindo na pele, é em relação à linguagens de programação. Ele basicamente diz que já passou da hora de abandonar linguagens que não tenha garbage collection e abraçar definitivamente as que tem. Por uma razão muito simples: Uma linguagem de programação deve te ajudar a resolver o problema que você tem, não o problema que ela mesma te cria.

E olha, depois de começar a pegar no batente como programador eu assino embaixo. E não só eu. O prefácio do livro “How to Think Like a Computer Scientist: Learning with Python” dá a letra.

Eu normalmente divido livros em 3 categorias:

Larguei essa m* nas primeiras 15 páginas, onde já se encaixaram porcarias como Saramago e Drummond

Li esse livro até o final, onde ficam 90% deles incluindo Stanley Coren, Chico Buarque e Linus Torvalds

Como assim, 400 páginas em 1 dia e meio? Encaixando-se Luis Fernando Veríssimo, Stephen Hawkin, Alexandre Rossi e a coleção “Deixados para Trás

Então para sua referência, ‘After the software wars’ foi lido em 3 semanas.

3 thoughts on “After the software wars

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  2. Licio

    O link para o livro está errado, alias, está o mesmo para o seu post anterior.
    Ctrl C+ Ctrl V emperrou 😉

    Abs,

  3. E. Coelho

    É impossível deixar de concordar que o Drummond é uma porcaria, se o seu poema mais famoso é:
    “No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho”, imagine o resto!

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